domingo, 23 de setembro de 2007

Meditação... finalmente!

Praça do Japão

As costas eretas começam a doer após uns 20 minutos (deixe a dor passar por você! não se apegue à nada, nem a sensação de estar meditando...), não me movo mesmo com o desconforto da coluna acostumada com as posições erradas de anos de computador e cadeiras duvidosas. A respiração é abdominal, concentro-me nela e em manter minha cabeça elevada e os olhos semi-cerrados. Chuvas de pensamentos, idéias, dores, problemas, sensações e os barulhos de uma praça quase central de Curitiba passam pela minha mente como passageiros de um trem que não para na estação do apego, mas mesmo assim forçosamente afasto memórias e sensações (não reaja aos pensamentos ou sensações! apenas os deixe fluir para tentar encontrar a calmaria em sua mente...).

Nos levantamos e meditamos agora andando com meio passo após cada ciclo de respiração, que momento maravilhoso! O cheiro do incenso, o barulho do raspar dos trajes de todos na sala de meditação, minha respiração e as mão em shashu me revelam uma quietude que só havia encontrado uns 5 anos atrás no samyama em minhas práticas de yoga. Sem dores, sem preocupações, apenas o eu solitário e pronto para realmente enxergar a realidade. Novamente é tocado o sino e todos nos sentamos novamente de pernas cruzadas e de face para as paredes de papel para uma nova fase de meditação.

O tempo passa - que horas são? - a mente quer se apegar à coisas materiais como os minutos e horas - eu posso fazer isto minha vida inteira! - novamente tentando um sentimento se segurar em minha mente, devidamente deixado escorrer como a sujeira após esfregarmos um prato - minha perna dormiu, conseguirei andar? - a sensação de desconforto é assimilada e contada com fator que apenas deixa minha meditação mais potente ainda.

O som de madeira sendo batida contra madeira e reverberando por toda a Praça do Japão me faz pensar que estamos próximos ao fim da prática, sinto uma ponta de tristeza por ter acabado e felicidade por ter em meu interior respondida minha pergunta: o que me fará mudar a pessoa que sou? A resposta agora pula em minha frente: ZEN!

"Ao final do Zazen, faça uma reverência em gasshô."

gasho2sep

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Religião

Sunset-Walk

Não quero ser mais um seguidor cego de uma crença com suas qualidades e defeitos. Quero poder escolher meu caminho sem o consentimento do padre, lama ou mestre. A estrada é clara, porém suja com pedregulhos que machucam os pés, mas com a mente correta os pés não fraquejam, a cabeça nunca cai.

Sempre reto, à caminho da luz, iluminação com meditação, yoga e fé na energia que tudo cria e tudo é. Amigos me perguntam por onde ando...

Estou caminhando em direção da mais pura felicidade com a mais pura das mulheres.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Pensamentos Profundamente Rasos

appledetail

A energia sagrada criadora desta maçã a envolve com a água também sagrada para limpá-la de toda sujeira, a poeira que tanto nos envolve. A mesma energia cria, suja, destrói e cria novamente.

Só as mulheres salvam

PinUp

As mulheres são a salvação, o caminho para a iluminação e o motivo de minha sanidade estar voltando e sendo reconstituída. Temos a Monja Coen que me ensina a ser cada vez mais um indivíduo que merece evoluir e reconhecer que preciso alterar diversas atitudes. Temos a Oriane que com nossas conversas lógicas chegamos em acordos e consigo andar de cabeça erguida em meio ao tiroteio. E finalmente a mulher vermelha, Dani, que surgiu como uma chama em um campo de palha e se espalhou com o sopro do vento da paixão. Amiga, amante, conselheira, parceira, cúmplice e motor que empurra este velho trator enferrujado aqui.

Só posso colocar aqui uma palavra que serve apenas para reconhecer os seus esforços e revelar um pouco da gratidão eterna que se olharem bem podem observar em meus olhos: OBRIGADO.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Balanço Químico


Acordar cedo. Tomar dois comprimidos. Andar até a cozinha e escolher entre café expresso ou instantâneo, enquanto o vapor sobe com o aroma forte da manhã penso em listas mentais de afazeres do dia.
  • Ler os livros sobre o Zen.
  • Praticar meditação (pelo menos 20 minutos).
  • Ir até os locais de prática de meditação e conversar com as pessoas que fazem.
As vontades não seguem o mesmo caminho, a mente divaga, o olhar se perde no horizonte colorido de uma tela, computador ou TV, e os atos não são tomados.
Após o almoço, outra pílula. Me sinto um personagem do Requiem Para um Sonho, consigo ler alguns capítulos da Monja Coen que me inspiram de uma maneira absurda e me fazem refletir e pensar na grande peça que é a vida que encenamos diariamente. Preciso parar de olhar para o olho do problema e relevá-lo. Esquecer a dor, transformar a raiva em força de mudança e a tristeza em amor. Amor pela vida, pelas minhas criações e pelas pessoas que me cercam.
Mas ainda não cheguei neste nível de evolução, ainda sinto a dor, a apatia e a vontade de pegar a mochila e sair zanzando pelo mundo que me cerca. Dos três tópicos acima cumpri dois. Quem sabe amanhã não cumpro os três?

domingo, 2 de setembro de 2007

Começa a caminhada

Isto será um diário, portanto se não lhe agrada saber os passos de um ser cínico, crítico e rabugento pelos passos à caminho do auto-conhecimento através do Zen-Budismo é melhor ler outro blog.

Me apresentarei, mas isso não é um começo e nem um final, é uma fotografia de um período de minha vida que espero sair uma melhor pessoa após tudo isso. Primeiro, me chamo Juliano Rocha (pintor, escritor, estudante de Jornalismo) tenho 26 anos vividos com uma intensidade tal que já tenho meus cabelos brancos. Sou um daqueles caras que você encontra na rua com uma camiseta com uma piada ou uma sacada boa e que lhe abre um sorriso, apesar da feição que assusta um pouco. Sempre apliquei em minha vida adulta a teoria do Karma e Dharma, só fiz aquilo que gostaria que os outros fizessem comigo, portanto já me familiarizei com a filosofia Budista desde que decisões fossem tomadas por mim.
Já pratiquei Swásthya Yôga durante cinco anos, então estava no Caminho porém desviei dele. contas, trabalho sentado, estresse, comidas pouco recomendáveis e uma raiva crescente se transformaram em um colapso nervoso.
Mas como dizem na filosofia budista, da lama é que nasce o Lótus, portanto estou aproveitando este caos completo para reorganizar minhas prioridades e crenças para conviver e evoluir. Um abraço em cada um que visita este brogue e quiser partilhar de minhas experiências.
Aquele abraço!