O que me pegou foi a família que morava em uma cidade do interior de Minas chamada Mato Dentro em uma casa visivelmente construída por eles em meio à uma paisagem bucólica de mato e tranquilidade. Eles se ajudam nas tarefas diárias e são vegetarianos e carinhosos com as outras pessoas, praticando yoga, meditação e outras coisas que ampliam a mente. A outra família era cheia de pessoas estressadas e obesas de São Paulo onde a única ração diária era pizza e refrigerante. Moral do programa: trocam-se as duas mães, sustos e xiliques da "gordinha" e a paz quase irritante da outra mãe em SP.
Minha mente divagou longe durante este programa sobre como sinto falta das pessoas que possuem um contato direto com sua verdadeira natureza, com a Natureza e que não se deixam influenciar pela confusão diária de nossas cidades. O mundo precisa de mais mentes voltadas à meditação e ao puja para que não entremos em uma decadência mental e física e acabemos como um mundo de pedras, carbono nos céus e asfalto nos chãos.
Meu papel nesse cenário é o de mudar minha rotina para praticar o yoga com toda a devoção que ele pede e a meditação diária para que pelo menos a minha parte seja feita. Não me tornar mais um ser cinza de uma cidade sem humor que come pizza todos os dias, mas comer comidas coloridas, gostosas de cozinhar e cheirar. Olhe no seu prato e me diga se ali você acha uma boa combinação de cores e aromas.
Neste meu caminho várias pedras já apareceram e continuam à aparecer para que me derrubem e tenho levado tombos bonitos e comido muita poeira. Mas não será agora que desistirei de mudar o mundo à minha volta e nem de mudar principalmente este ser que sou hoje e que pretendo um dia levar à iluminação. E quem sabe não morar um período em Mato Dentro para agilizar este processo.
PS: Se quiser saber mais sobre o programa em si, tem uma excelente resenha feita pelo