quarta-feira, 24 de outubro de 2007

4 da manhã

Here comes the Sun

Acordar 4 horas da manhã e ouvir pequenos pássaros já cantarem bem antes do nascer do sol me animou. No escuro mesmo pensei em praticar meditação. Mas como não dormir sendo que não havia dormido por mais de 24 horas seguidas?

Não aceitei esta argumentação de minha mente negativa e fui em frente... emprestei meu relógio novamente do Gilberto e coloquei o timer para 15 minutos em loop. Estendi o E.V.A. pelo chão, acendi o incenso de bambu e comecei a praticar Yoga durante 30 minutos para ter o alongamento e a concentração necessárias.

É incrível como a sensação do ar da manhã no corpo faz com que todas as células acordem e queiram se exercitar. No escuro a inteorização da mente é mais potente e a velha sensação de sentir todos os pontos do corpo retorna, não mais cego e surdo para os apelos do corpo. Começo minha própria prática, seguindo os pedidos das juntas e músculos atrofiados pela falta de exercício, o equilíbrio é pobre, mas vamos em frente. 15 minutos apita o relógio e estou quase no meio da prática que termina antes do próximo apito e faço uma breve descontração.

Toca novamente o relógio... está na hora de transformar o E.V.A. em templo de meditação. Cumprimenta-se o local da prática, senta-se com as pernas em lótus, coluna ereta, cabeça olhando para a frente e os olhos para o chão semi-cerrados. Respiração profunda e adentro em meu silêncio.

Silêncio do barulho, da confusão mental de quem não pára de pensar, o cérebro como uma criança birrenta tenta de tudo para não deixar o silêncio entrar, ele provoca, traz músicas, pessoas, filmes e idéias novas, porém nada me fará sair deste mundo perfeito onde entramos na meditação. A mente deixa de ser somente um palco e transforma-se em elemento que pode e deve mudar tudo à sua volta.

Toca o relógio... hoje por ser o primeiro dia foram apenas 15 minutos, amanhã serão 30. Levanto-me e vou tomar o café da manhã às 6 horas. Chá verde e pão árabe... nada como combinações de frutas, pães e líquidos das mais diversas origens do mundo. Terminado tudo chega a hora de agradar a gata Lua que passei pelo corredor pedindo a atenção negada pela sua dona.

A distância

kids

O tempo que passei distante do blog, foi um tempo de não prática do Zazen, porém de muita prática do Zen em cada atividade diária. É impressionante como se pode aplicar conhecimentos em tudo que existe, nada além de fazer a energia circular e ver as coisas como elas realmente o são.