quarta-feira, 16 de abril de 2008

Nessun Dorma



Quando tudo é tumulto em volta e nada mais faz sentido, uma voz me chama do outro lado de um grupo fechado de árvores. Ao atravessar a mata fechada se encontram dois sapos, um comandando uma orquestra de gafanhotos e o outro cantando com a mais bela voz de tenor que seus ouvidos jamais escutarão.
Toda a floresta silencia, o leão chora emocionado, as vacas param até de ruminar para ouvir melhor esta voz angelical que massageia tanto o cérebro como levita a alma. Os dois sapos são feios, cheios de verrugas, gordos, desajeitados e com uma coloração que lembra um excremento qualquer, porém sua aparência não demonstra seu valor.
A manta de chumbo que parecia cobrir todo meu corpo e evitar meus movimentos em direção ao meu objetivo parece ser levantada e meus ombros e rosto finalmente voltam a posição ereta e confiante que possuíam no início da jornada.
Nada melhor que dois sapos feios para elevar o espírito de qualquer um que esteja se arrastando para conseguir continuar em seu caminho.
Abaixo segue a letra traduzida dessa obra genial de Puccini:
Ninguém durma!Ninguém durma!
Você mesma,ó princesa,
Em seu frio aposento
Olhai as estrelas que tremem de amor
E de esperança...
Mas meu mistério está escondido em mim,
O meu nome ninguém saberá!
Não,não
Sobre a tua boca o direi,
Quando a luz brilhará!
E o meu beijo matará o silêncio
Que te faz minha!
(Coro)
O seu nome ninguém saberá,
E nós devemos,ai,morrer,
Morrer...
Acabe,ó noite,
Desapareçam estrelas,
Desapareçam estrelas...
De manhã vencerei,
Vencerei,
Vencerei!

Um comentário:

Rogério Lima disse...

Oi, Juliano ....
Encontrei seu Blog pesquisando Zazen e gostei muito. Vou assinar seu Feed e por seu endereço no meu em Recomendações. Gde Abraço e espero que vc post logo mais novas coisas.